Foi uma noite
daquelas que nos deixam encurralados entre os clichês jornalísticos e a parede.
Apesar da fabulosa média de criativos talentosos por metro quadrado, o roteiro não
poderia ter sido escrito por nenhum dos presentes. E os deuses do futebol (sim,
os caras!) com certeza estavam pregando suas peças. E não eram coisas que seriam debatidas em uma mesa de bar na tarde seguinte. Estava lá, na cara de todos nós, jogo a jogo, lance a lance, para quem quisesse ou não ver.
Não merecíamos ser
campeões. Não da forma tradicional, pelo menos. O título veio a quem era prometido. Nosso torneio foi um torneio a
parte, com classificação para a segunda fase conquistada no último minuto, do
último tempo, do último jogo e em cima do maior favorito e futuro primeiro campeão da competição - que sairia invicto se
não fosse essa pequena intervenção dos caras (sim, os caras!).
As pequenas
lições, em grupo ou individuais, também fizeram um espetáculo a parte. No meu
caso, aprendi coisas que - quando evidentes - algum talento e um bocado de
salto alto nunca teriam me deixado aprender. E esse aprendizado reascendeu em mim aquela velha chama que há tempos virou brasa. Entre bons e maus momentos, nunca tinha me sentido tão bem com a bola desde os tempos de moleque (mas isso é papo pra outra hora).
Em resumo: nada como ver um amor antigo por um prisma novo.
Ah! E tudo isso sob
o olhar atento e atencioso de um faixa-preta do esporte, Jairzinho, o furacão
de 70.
Foi o primeiro prêmio que ganho ao lado desses caras. E com certeza ficou o gostinho de quero mais.
O ano ainda reserva novas oportunidades, também em outros gramados, onde estamos um pouco mais entrosados. A filosofia de trabalho é a mesma: coração e talento. Sorte e trabalho. Bom humor e bom senso.
Ambidestria a torto e a direito.
Seleção ambidestra |
Jairzinho Furacão |
Felicidade clichê |
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