terça-feira, 7 de maio de 2013

Casaco tem um cheirinho de saudade, né?

(A não ser que você seja usuário de transporte público, pois aí tem cheirinho de ácaro mesmo... Atchiinn!!)

Ontem pela manhã caiu uma chuva torrencial no meu bairro e, finalmente, São Pedro conseguiu baixar a temperatura na cidade.
Sou carioca, mas não sou idiota, sei que 23 graus não é frio, mas, mesmo não sendo idiota, ainda sou carioca e tirei meu casaco do armário.

Impressionante como o casaco tem um conforto nostálgico. No meu caso, são de lembranças embaçadas, amorfas, que dão uma sensação de sentimento vazio, mas boa. Tempos nebulosos. Talvez tenham existido, talvez não, mas estão por ali, em alguma parte da minha cabeça maluca.
Sinto apenas aquela vontade de ficar em casa, como ficava na infância, logo após o colégio, quando me revezava entre estudar (obrigado...) e jogar Super Mário no Super Nintendo (obrigado!).
Ou sinto a vontade de sempre: fugir por aí, desligar os celulares e fazer panquecas de banana como um cara havaiano canta pelo mundo. Mas pensando bem, pra essa última vontade brotar não necessito de tempo frio, só de tempo pra pensar mesmo.
Sumir por uns tempos com alguém especial e roupas confortáveis é o sonho de todo cara que se preze.

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Mas é fácil pensar em ficar marolando, quando se tem um arsenal de casacos e camisas de frio no guarda-roupas, vídeo-game e uma namorada cheirosinha.
Obviamente quem não tem algo parecido pensa diferente. Quem vive nas ruas em tempos como estes tem ideias menos elaboradas e muito mais importantes do que as minhas.
(Como arrumar um casaco e não sentir frio?)

Pra quem também pensou nisso estes dias, mas não tem alguma igreja perto de casa, ou algum local que recolha doações, ficadica:

Exército da Salvação
Site: http://goo.gl/Uao80